Grandes dias, pequenas existências
terça-feira, maio 23, 2006
  Orapazquermorrer faz hoje um ano
Dizem que a paixão o conheceu

Dizem que a paixão o conheceu
mas hoje vive escondido nuns óculos escuros
senta-se no estremecer da noite, enumera
o que lhe sobejou do adolescente rosto
turvo pela ligeira nausea da velhice

Conhece a solidão de quem permanece acordado
quase sempre estendido ao lado do sono
pressente o suave esvoaçar da idade
ergue-se para o espelho
que lhe devolve um sorriso do tamanho do medo

Dizem que vive na transparência do sonho
à beira-mar envelheceu vagarosamente
sem que nenhuma ternura nenhuma alegria
nenhum ofício cantante
o tenha convencido a permanecer entre os vivos...

Al Berto


Para celebrar.
Não sei se um regresso, não sei se uma estadia. Mas um poema. Um poema e um ano de existência, com ou sem presença. J.A.V.
 
quarta-feira, março 29, 2006
  A dúvida
"Grandes dias, pequenas existências" ou "Pequenos dias, grandes existências" ?... J.A.V.
 
  Registo quasi-filosófico
Numa era de filoxeras quasi-antropológicas, quasi-filosóficas, a vontade exacerba-se e os dedos ganham a vontade própria que a poucos se vai conhecendo por estas bandas, nestes tempos. Mas pouco parece espremer-se do fruto.

Há duas verdades na realidade das pessoas: a verdade número um é que a revolta não é a solução e a amargura nunca compensou, em nada, o desperdício. A verdade número dois é que viver será talvez a constante ascensão e queda e teimosia, conquista...( e novamente queda e novamente luta, ascensão...).
O meu orgulho assim é que nos quer.
E agora é só viver.. J.A.V.
 
domingo, março 26, 2006
  Dedicatória
Se eu não sabia do que precisava, soube-o hoje depois de o ter: dois ramos de flores coloridas ao sol em Belém; um poema a mim dedicado pela poeta que há-de encher livros. Sabe bem... J.A.V.
Terça-feira, Janeiro 24, 2006

mumifica
Pra Joaninha aqui vai uma demonstração do que rola no
"mítico" livro, já que se torna tão díficil um encontro nesses tempos
corridos...
Confesso.
Me fiz de mim.
Todo esse tempo a declarar outros
Quando só há a versão de um deus meu aqui dentro.
Acho que devo, na angústia,
Reparar meu descuido
Juro-me.
Só a seguir eu só.
A verdade em mim sustenta dúvidas
Vendada minha visão
Na altura que consegui alcançar.
Sufoco em meu corpo
o instinto em foco
Estou de cara
com minha caraque do alto me escarra
aqui no chão
É a profecia que me barra
Para mostrar que ainda há tempo
de começar a escalada
pisando em mim.
Poesia que consta na coletânia Poiesis vol.
XIII Editorial Minerva.
 
quarta-feira, março 08, 2006
  Porque passei a gostar do Dia Internacional da Mulher em 2006
Porque ouvi um homem dizer a um grupo de crianças:
"Sabem porque é que hoje é o dia da mulher? Porque o H de homem é mudo." J.V.
 
Complexo e intangível,nervoso e irrequieto, intrincado e obnubilante, balbúrdico e heteróclito, marafado e perscrutante, mírifico e adstringente, contráctil e obstipante, cataclísmico e necrófilo, hemorrágico e micótico,extra-fofinho ou nada fofinho, observador e acutilante.. ou nem tanto... Truísmos (extra)ordinários (des)mistificados aqui partilhados.

Escreve-me:
ursula.iguaran@hotmail.com


(os ditos tempos já decorridos):
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