Grandes dias, pequenas existências
quinta-feira, outubro 20, 2005
  Susceptibilidade
Ele é barítono mas um bocado antitético. J.A.V.
 
quarta-feira, outubro 19, 2005
  O topo
...quem tem vertigens, nunca chega a alcançá-lo. J.A.V.
 
domingo, outubro 16, 2005
  Takk.
No meu mundo de sonho também há uma princesa. Não uma das cortes a sério, intocável na sua realeza; não a dos piropos do típico portuga; decerto não a das praxes da ESCS... A minha é como a das histórias de fantasia, das que se contam aos meninos. Ou não fosse o encanto que nos liga tal e qual um desses das histórias. Talvez tenha sido mesmo uma fada a responsável por ele! Isso explicaria aquele pozinho mágico que deixamos atrás de nós por onde quer que passamos, que se entranha nas pessoas que nos vão conhecendo. Garantimos finais felizes (e bonitos) para todas as histórias que protagonizamos. Ela pinta o meu mundo, cuja cor tende a desbotar na sua ausência. E lembra-me nessas alturas que, ao contário daquilo que é normalmente aceite, a fantasia e a vida real podem ser uma e a mesma coisa -- basta encontrar a princesa encantada.
Pedro, Francisco, Chorar no dia 13
 
domingo, outubro 09, 2005
  Riem na minha cara...
...falta-me o pragmatismo e falta-me a precisão. Sou teórica, dizem. J.A.V.
 
  Algures em 2001/02
Nos Estados Unidos é com isto que nos preocupamos: a Britney Spears afirma na revista «W» que já não é virgem; a Vanity Fair diz que o JFK Jr. era infelicíssimo com a Carolyn Bessett; o Arnold Schwarzenegger poderá acabar como governador da Califórnia; a Princesa Diana vai ser a nosa super-heroína dos livros de quadradinhos da Marvel.
A nossa vida está cheia de tralha desta. E sabem do que, no meio disto tudo, sinto falta? Das manifestações do ANC. Não estou a brincar. Sinto mesmo falta das manifestações do ANC no Soweto, porque eles se manifestavam ritmadamente pela rua poeirenta acima. Eu próprio ainda não compreendi, totalmente, a enormidade desse facto. Os gajos manifestavam-se a dançar! Não sei se me estou a fazer entender (ler isto a gritar, agora): eles iam lutar pela obtenção dos direitos humanos mais básicos e escolhiam sempre, sempre fazê-lo a dançar! E sabem por que é que isto não só me faz chorar como é importante? Porque, deixem-me que vos pergunte, quando foi a última vez que nós tivemos de lutar por um causa, e, pior ainda, quando foi a última vez que uma causa nos encheu de alegria, de dança, só pelo facto de estarmos a lutar por ela? Quando foi? Não me lembro. Nós, meus caros, estamos no caminho da perdição em toda a nossa apatia, e é por estas e por outras que eu tenho saudades das manifestações populares do ANC.
In Pública (algures em 2001/2002), Rui Henrique
 
  Fado?
Dizem que o Fado é música triste e melancólica, pintando o nosso país como o conhecem os Estrangeiros.
Pois aqui vos digo, triste é ver uma notícia de última hora na televisão acerca de uma tempestade que poderá atingir o nosso país nos próximos dias durar apenas dois minutos.
Devo admitir que quando vi a notícia julguei ser uma forma não-convencional de um jornalista não-convencional abordar o estado decadente do nosso país, aproveitando esta onda jornalística "Eleições Autárquicas"; as que hoje decorreram, bem entendido.
Ainda que a notícia só tenha durado dois minutos, apercebi-me rapidamente que não era um pleonasmo comunicativo mas sim coisa séria. E a verdade é que, aparte do receio com que fiquei, não sei o que será mais triste: Se a rapidez da notícia, retomando-se o assunto Autárquicas 2005 de seguida, ou se o facto da tempestade que vai atingir Portugal se chamar «Portugal».
A conclusão a que chego é que mais valia continuarmos no campo do desconhecido aos olhos do mundo, do que saberem o Portugal que Portugal é actualmente. Ao menos assim não davam o nome «Portugal» a uma tempestade.

Aahh... sei lá. Se calhar é coisa viril, isto de termos uma tempestade com o nome da nossa pátria; ajuda a criar a ideia de sermos fortes e indestrutíveis. Perdão, a ilusão de sermos fortes e indestrutíveis.
Ele há cada utopia hoje em dia... J.A.V.
 
sábado, outubro 01, 2005
  ComServadorismo

Será o passado assim tão mau que dele seja sempre necessário fazer tábua
rasa, em nome de um 'progresso' mais do que duvidoso?

Bernard Henri Levy

Pergunta bem, que pergunta, Sr. Levy, mas será o futuro assim tão mau que dele seja sempre necessário fazer feira de aberrações, em nome dos poucos que mancham as possíveis hipotéticas capacidades destas gerações responsáveis pelo 'progresso', com ou sem dúvida, evocando um passado, ele sim, duvidoso?

J.A.V.

 
Complexo e intangível,nervoso e irrequieto, intrincado e obnubilante, balbúrdico e heteróclito, marafado e perscrutante, mírifico e adstringente, contráctil e obstipante, cataclísmico e necrófilo, hemorrágico e micótico,extra-fofinho ou nada fofinho, observador e acutilante.. ou nem tanto... Truísmos (extra)ordinários (des)mistificados aqui partilhados.

Escreve-me:
ursula.iguaran@hotmail.com


(os ditos tempos já decorridos):
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