É bom...
...entrar numa
Fnac, mal-humorada e especialmente céptica e constipada, e dar-me conta de que à minha volta homens comuns, de variadas idades, falam abertamente com os assistentes da secção dos livros sobre telefonemas que fizeram para casa uns dos outros e de livros que acabaram de chegar, dos autores preferidos de ambos, tendo a certeza de que mantêm apenas relações
cliente/vendedor (e são afinal relações que são tão bonitas). E
...sorrir ao dirigir-me para a caixa e dar-me conta de que é o mesmo rapaz de sempre que me atende, e que se mostra preocupado com os meus espirros, e conversarmos imenso tempo sobre a mudança abrupta do tempo e sobre o meu recém-adquirido CD dos
João Gilberto/Stan Getz....descobrir que tenho um novo amigo que tem barba e que trabalha na Fnac. Da próxima vez descubro o nome.
(...conhecer alguém e não se dar importância aos nomes.)
J.A.V.