Os regressos
Regressei. Não sei se voltei num todo.
Parece-me que deixo sempre uma parte de mim para trás, o que me ajuda a compreender facilmente aqueles que desejam ficar eternas crianças. Fugir-nos a ingenuidade então... Fugir-nos outros quês agora; e sentir falta deles sem saber porquê.
A saudade de deixar palavras para quem me ama e odeia, ciberneticamente ou de outro modo. A saudade dos que cá ficam, dos que vão e estão longe, dos que vão e estão perto. A saudade...
As escritas
moleskinistas furiosas. As leituras veraneantes que vêm e vão como as ondas, voláteis, impiedosamente duras.
A saudade...
E aqui estou de novo.
Peço desculpa por não me ter despedido antes de partir. Peço também desculpa por não estar familiarmente envolvida por este ambiente que durante estes milhões de horas me faltou e me deixou saudade.
Ainda não voltei num todo. Mas hei-de voltar.
Talvez amanhã.
J.A.V.